quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

((Tristes os que procuram dentro de si respostas porque lá só há espera))

Tá, eu sei que me repito. Mal de quem fala demais, de quem não consegue se conter, de quem ainda não encontrou um silêncio adequado. Já me esqueci o código combinado, de como suspender o estado bélico. Difícil demais viver hoje, difícil demais brigar, eu mesma, com a minha incrível capacidade de não querer contrariar. As pessoas são tão irritantes quando não são você. E eu que não consigo mais ser a pessimista reclamona acabo ignorando tudo que irrita. Não precisa muito, as letrinhas no papel e tudo bem. Quais eram mesmo os problemas todos que eu inventei dias atrás, eu não me lembro. A cidade caiu hoje, eu só consegui achar bem bonita a cor da chuva que chegou tão perto, mas nem. E depois não tive tempo pra mais nada. E isso é bom.

De novo, sem mover um músculo, eu me repito. Elas insistem e não me deixam dormir, essas idéias.
De idéias antigas, elas, que não me deixam dormir, essas idéias. Preciso de um novo fuso e alguém disposto a ver as notícias por mim.
Exausta, só.

As pessoas querem coisas. As pessoas, as coisas. E eu duvido que queiram mesmo - é preciso duvidar de tudo. Porque triste é ter certeza. Na minha mais nova modalidade de sentir o que é verdade e não acreditar até o último instante, ah, muito complicado e eu não conseguiria explicar. A minha mais nova modalidade vanish e perfex, desinfetar o mundo de qualquer sinal da minha existência. Em outro sentido, misturo aquilo que aprendi e nem queria. Minhas coisas irremediavelmente cheirosas com a nova técnica, fragrância entre as roupas da gaveta. Pode ficar com o resto, já que eu nem queria mesmo.
Decido e este não é o momento de disputar nada com ninguém: preguiça. Ah. E no silêncio - ainda que se tenha o que dizer - vão me ver sorrindo, mas só quando eu quiser. Sorrir.

Tenho calma e esperança, isso tudo vai acabar em dois tempos, quero nem ver. Mesmo assim, é como seu eu estivesse aqui pra isso. Maior bom, só, sozinha e pronto, não enche-e.

Bem agora, meu pé no chão, eu começo a entender o mundo físico.

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